Obras na Igreja (beneditina) de Nossa Senhora do Terço.
No dia 11 de Outubro de 2010, o edifício da Igreja entrou em obras de reabilitação, no telhado e na fachada.
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HISTÓRIA DA CONFRARIA

DECRETO DE APROVAÇÃO DO ESTATUTO

Tendo o Órgão competente da «CONFRARIA DE NOSSA SENHORA DO TERÇO» da Paróquia de Santa Maria Maior de Barcelos, Concelho e Arciprestado de Barcelos e Arquidiocese de Braga, requerido a revisão do seu estatuto;

Atendendo a que foram seguidos os trâmites exigidos e examinado o Estatuto, integrado no Processo nº. 98 / 2006 da Cúria Arquiepiscopal de Braga, nada obstando ao deferimento que foi requerido;

D. JORGE FERREIRA DA COSTA ORTIGA, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, no uso da sua jurisdição:

APROVA o ESTATUTO da «CONFRARIA DE NOSSA SENHORA DO TERÇO» da Paróquia de Santa Maria Maior de Barcelos, Concelho e Arciprestado de Barcelos e Arquidiocese de Braga, pelo que se há-de reger de ora em diante, e consta de sessenta e três Artigos, distribuídos por dez Capítulos, exarados em vinte e duas folhas de papel (incluídos os índices e averbamento) autenticadas com o timbre ou o selo branco da Cúria Arquiepiscopal de Braga.

Para memória, se outorga, por escrito, o presente Decreto, que vai assinado em nome da autoridade canónica competente, o Bispo Diocesano, (cânon 312 § 1, 3º. do Código de Direito Canónico), e autenticado com o selo branco da Arquidiocese.

O acto fica registado na Cúria Arquiepiscopal, no aludido processo e na Secção de Associação de Fieis, sob o nº. 43 / C.


Braga, 4 de Julho de 2006.

(Cón. Valdemar Gonçalves, Vigário Geral)
(P. Dr. Luís Miguel Figueiredo Rodrigues, Vice-Chanceler)


BREVE HISTÓRIA DA CONFRARIA DE NOSSA SENHORA DO TERÇO DE BARCELOS


No princípio do Século XIX nascia em Barcelos a devoção a Nossa Senhora, sobre a invocação de Nossa Senhora do Terço.

Esta devoção foi iniciada na capela e rua de S. Francisco, ainda existentes, pelo devoto João José Pinheiro, irmão do sacerdote Luís Jacinto.

Era ali o primeiro centro de irradiação dessa nova devoção mariana, que foi muito vivida no coração das gentes de Barcelos.

Todos os domingos e dias santificados - e depois também nas festas de Nossa Senhora - saíam os devotos, ao pôr-do-sol, com a imagem, percorrendo as ruas da vila a cantar o Terço.

Mais tarde foi a imagem levada para a capela do Divino Espírito Santo. Ali se erigiu essa devoção colectiva em Confraria legal, com estatutos datados de 15 de Maio de 1816, ainda existentes no manuscrito original. Nesta capela já se encontravam erectas as confrarias do Divino Espírito Santo e a de Santa Luzia.

A 13 de Setembro de 1844, convocada uma assembleia-geral com os irmãos das três confrarias, deu-se a fusão das confrarias do Divino Espírito Santo e da de Santa Luzia na Confraria de Nossa Senhora do Terço.

"Attendendo a que a Confraria de Nossa Senhora do Terço tem huma muito maior porção de irmãos, e que promove hum peditório que auxilia o pagamento d'hum ordenado ao Servo, attendendo em fim a que encorporadas e reunidas podem prosperar, e pelo menos conservar-se, e ao voto de pessoas de saber e vontade, e mesmo à devoção de Fieis, resolverão depois de madura refflexão, encorporar e reunir á Confraria de Nossa Senhora do Terço á quella do Espírito Santo, e Santa Luzia para que sejão administradas pelo Juiz e Mezarios da dita Confraria de Nossa Senhora do Terço como se fosse huma só, e passando para esta tudo quanto á quella pertence, ficando obrigada a satisfazer seus encargos." (Livro de eleições e dos termos da C.N.S.T. - Pág.20)

Os estatutos foram reformados, nalguns dos seus artigos, no ano de 1849, e dessa forma existe um exemplar.

Tendo a arquidiocese feito uns estatutos gerais para todas as confrarias, neles foi enquadrada a Confraria de Nossa Senhora do Terço em 31 de Outubro de 1933, sendo esses estatutos propostos pelo então pároco da freguesia de Santa Maria Maior da cidade de Barcelos, Padre Joaquim Alexandre Gaiollas. Também destes há um exemplar.

Desde 20 de Novembro de 1940, a Confraria de Nossa Senhora do Terço, possui personalidade jurídica, após o Arcebispo de Braga D. António Bento Martins Júnior, ter participado ao Governo Civil de Braga, a sua constituição.

A 4 de Julho de 2006, D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga, Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, aprova o novo estatuto da Confraria de Nossa Senhora do Terço, elaborado de acordo com a concordata firmada entre a Santa Sé e a República Portuguesa em 18 de Maio de 2004, sendo pároco da paróquia de Santa Maria Maior de Barcelos o Padre Dr. Abílio Fernando Alves Cardoso.

Ainda no Século XIX duas capelas tiveram de ser demolidas pela necessidade de expansão da Vila.

Uma foi a capela do Divino Espírito Santo, situada a norte do então Campo do Salvador, correspondente ao actual cimo da avenida, junto do monumento ao Bombeiro.

Quando demolida esta capela, de lá foi transladada para a vizinha Igreja de São Bento, também conhecida pela Igreja das Freiras, a Confraria de Nossa Senhora do Terço com a sua imagem.

Esta transladação teve lugar cerca de meados do Século XIX, sempre antes de 1846, visto que o Estado nesse ano fez doação da Igreja e seus pertences à Confraria de Nossa Senhora do Terço.

Feita a doação em 31 de Maio de 1846, tomou a Igreja o nome da Imagem da Senhora que nela entrou, passando a ser denominada de IGREJA DE NOSSA SENHORA DO TERÇO.

Concluída a doação foi a tomada de posse a 15 de Novembro do mesmo ano de 1846, perante o administrador do concelho.

Desde essa data e até hoje, ininterruptamente, tem a Confraria de Nossa Senhora do Terço, os seus capelães e vigilantes, gerido e preservado com o maior desvelo esta "Jóia da coroa do património artístico/religioso de Barcelos".

Bem hajam!

A Mesa Administrativa